20 fevereiro 2006

Liberdade de expressão

A condenação do historiador David Irving por negar o Holocausto é mais uma acção questionável da justiça Ocidental. A liberdade de expressão é uma das conquistas sociais mais importantes da nossa sociedade e, como tal, deve ser defendida com unhas e dentes perante os avanços que de todos os lados surgem para a conter, compactar, limitar, margear. A nossa liberdade de emitir opiniões não deve ser caucionada pelo nossa visão, o nosso gosto, a nossa percepção, o nosso entendimento. A liberdade de expressão tanto me permite a mim criticar o meu Governo, a religião dos outros ou como não ir com a cara feia daquele senhor que um dia ía eu meio atravessado por uma noite de insónia se sentou no único lugar vago na carruagem do metropolitano. Condenar David Irving por negar uma evidência, não condena apenas um proto-fascista e historiador revisionista, condena-nos a todos. Sou frontalmente contra tudo aquilo em que acredita David Irving, provavelmente sentir-me-ia melhor perto de uma doninha fedorenta do que a seu lado em qualquer causa, mas não admito que o metam na prisão só por acreditar naquilo que acredita. Porque também não quero que me metam na prisão por ser ateu, apartidário, cínico, descrente social e um tanto ou quanto anarquista. Se Irving nega o Holocausto deve estar no seu direito, como deve ser meu direito não concordar com nada do que ele diz.