16 dezembro 2005

Triste diplomacia a nossa

Hoje, os iraquianos votam para escolher o novo Parlamento do país. É um dos dias mais importantes do Iraque pós-Saddam pois elegem-se deputados para os próximos quatro anos - até agora tudo tinha sido transitório, desta vez é para um mandato completo de quatro anos.
O embaixador português em Bagdad, Francisco Falcão Machado, aproveitou para comentar para a imprensa a forma como decorreu o sufrágio iraquiano. Nada mais natural, sendo ele uma testemunha privilegiada por estar destacado em Bagdad.
Só que o embaixador português não estava em Bagdad, onde hoje, mais do que nunca, deveria estar. Francisco Falcão Machado estava em Lisboa e foi em Lisboa que acompanhou os desenvolvimentos deste dia tão importante.
Que triste diplomacia a nossa, onde o Ministério dos Negócios Estrangeiros e um embaixador de Portugal não acham importante ter o nosso máximo representante diplomático no país para onde estão viradas todas as atenções do mundo no dia em que estes elegem, pela primeira vez, o seu Parlamento! Mas já não estranha, tendo em conta o nível do nosso patético corpo diplomático.