Transparência v Terrorismo
De uma crónica do filósofo eslovaco Slavoj Zizek no "El País" de hoje...
"A ameaça invisível e omnipresente do terrorismo legitima as medidas defensivas demasiado visíveis. A guerra contra o terrorismo distingue-se das precedentes lutas mundias do século XX, como a guerra fria, pelo facto de que, tal como nestas últimas o inimigo estava claramente identificado, como o império comunista realmente existente, a ameaça terrorista é essencialmente espectral, está desprovida de centro visível. A potência que se apresenta como estando continuamente ameaçada e que afirma estar simplesmente a defender-se de um inimigo invisível corre o perigo de se converter num poder manipulador. Podemos realmente confiar nessa potência ou apelar apenas a essa ameaça só para nos impormos uma disciplina e para nos controlarmos? É preciso retirar a seguinte lição: no combate contra o terrorismo, é mais indispensável que nunca que a política de Estado seja democraticamente transparente."
"A ameaça invisível e omnipresente do terrorismo legitima as medidas defensivas demasiado visíveis. A guerra contra o terrorismo distingue-se das precedentes lutas mundias do século XX, como a guerra fria, pelo facto de que, tal como nestas últimas o inimigo estava claramente identificado, como o império comunista realmente existente, a ameaça terrorista é essencialmente espectral, está desprovida de centro visível. A potência que se apresenta como estando continuamente ameaçada e que afirma estar simplesmente a defender-se de um inimigo invisível corre o perigo de se converter num poder manipulador. Podemos realmente confiar nessa potência ou apelar apenas a essa ameaça só para nos impormos uma disciplina e para nos controlarmos? É preciso retirar a seguinte lição: no combate contra o terrorismo, é mais indispensável que nunca que a política de Estado seja democraticamente transparente."
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