29 junho 2006

Alkatiri

Quando em Fevereiro esteve em Lisboa para lançar o seu livro “Timor-Leste – O Caminho doDesenvolvimento” (Lidel), uma colecção de 42 discursos como chefe do Governo, Mari Alkatiri aproveitou para lembrar que quando aceitou ser primeiro-ministro o fez disposto a assumir medidas impopulares, mas necessárias, e a governar não para ser reeleito, “mas para criar um Estado”.
“A prioridade foi dar vida e cultura institucionais ao Estado”, embora isso não tivesse sido “entendido por quem queria soluções rápidas”, os mesmos que “estavam habituados às oferendas do Governo de Suharto (Presidente indonésio durante a ocupação)”, disse Alkatiri.
Foi de certa forma para ultrapassar esse problema que, a determinada altura, o Governo timorense resolveu “instituir a governação aberta”, para “começar a conquistar a compreensão do povo” e explicar o funcionamento e a importância da Administração Pública, acrescentou.