27 junho 2006

Nubas, Carlos Narciso, repórteres, Leni Riefenstahl e o Discóbolo


Foi ao ler este post de Carlos Narciso, no seu sempre interessante blog (Escrita em Dia) de memórias de 25 anos de reportagens (com o estado em que está o jornalismo, cada vez haverá menos jornalistas portugueses a poderem desfiar - verdadeiras e/ou interessantes - memórias de reportagem) que me lembrei das fotografias dos nubas tiradas por uma das maiores realizadoras da história do cinema, ostracizada depois da guerra por ter feito filmes (bons) utilizados como propaganda pelo regime vencido na II Guerra Mundial. O regime foi bem vencido, Leni Riefenstahl é que não merecia ter sido arrastada com ele para os abismos.

P.S. Podem falar-me no culto do corpo na obra de Riefenstahl como exemplo de que a artista partilhava dos ideais arianos do III Reich, mas também posso contrapôr que o culto do corpo já existia na Grécia Antiga (e a pedofilia era um acto socialmente aceite) e não vejo ninguém a pôr em causa a arte de Miron de Eleuteras, o autor da célebre escultura do Discóbolo!