25 agosto 2006

007 - Code name: Scotts Whisky


Sean Connery confessou que o segredo da sua longevidade está no whisky escocês. Ao receber um prémio BAFTA pelos seus 50 anos de carreira, Connery, que anunciou a sua retirada para o final deste ano, aproveitou para divulgar o segredo para manter a boa forma: prestar a devida atenção ao mais famoso líquido da sua terra. O antigo 007 anunciou esta semana que não vai escrever nenhuma autobiografia porque não se sente em condições de rebater todas as mentiras que se publicaram sobre ele.

Alberto, El Loco

A história do esquizofrénico Alberto, El Loco, que as autoridades cubanas só decidiram mandar prender quando resolveu gritar pelas ruas "Abaixo o tirano!" e "Viva a democracia". Com a devida vénia ao site Cuba Encuentro. Basta clicar aqui.

23 agosto 2006

44 anos depois


A 5 de Agosto de 1962, morreu...

44 anos depois



O braço suspenso fora de campo

O olho escondido fora do rosto

A nudez (parcialmente) escondida fora da vista

O quarto (todo) escondido fora da história

Uma fotografia visível fora do tempo.

44 anos depois

As cruzes laranjas não desbotam
sobre os fantasmas
e as rugas escondem-se
em tecidos com 44 anos
em fins suspensos há 44 anos
em expressões de
44 anos.

44 anos depois


Bert Stern teve o privilégio de ser o último fotógrafo a ter Marilyn Monroe em estúdio, seis semanas antes da morte da actriz... 44 anos depois, desde as brumas...

Depois da guerra

Enquanto não se resolver o conflito israelo-palestiniano, todos os conflitos no Médio Oriente serão secundários. Esta é uma convicção generalizada na região e fora dela. Ainda agora, o Irão, com os seus aliados do Hezbollah, conseguiram fazer com que Israel lhes garantisse um mês de calmaria para analisar o seu próximo passo em matéria nuclear. Teerão estica a corda da diplomacia sabendo que muito dificilmente irá pagar por isso. O Irão sente-se legitimado a desenvolver armas nucleares - mesmo que o Presidente Mahmud Ahmadinejad negue que essa seja a intenção do seu programa nuclear "pacífico" - porque ninguém impediu Israel de as ter, nem obrigou os israelitas a integrar-se no Tratado de Não Proliferação e a aceitar as inspecções da Agência Internacional de Energia Atómica. O que sabemos do programa nuclear israelita, para além das conjecturas, foi-nos dado por um homem que pagou bem caro (e ainda paga) por isso: o cientista Mordechai Vanunu. Para os persas, orgulhosos da sua civilização, ser menos considerados que os judeus é uma afronta. Além disso, se o Paquistão e a Índia puderam, impunemente, entrar no lote das potências nucleares, por que é o que o Irão não pode?
Mas, voltando ao conflito israelo-palestiniano com extensão ao Líbano. O Irão e os seus aliados sírios armaram e treinaram muito bem o Hezbollah, transformaram-no num verdadeiro exército, capaz em termos estratégico-tácticos, resistente em combate e com um arsenal para fazer frente durante 33 dias ao "invencível" exército israelita.
Israel foi quem mais perdeu com esta guerra. Mesmo que o Governo de Ehud Olmert reclame que com a sua ofensiva conseguiu que o exército libanês passasse a controlar o sul do Líbano e que uma força poderosa da ONU seja colocada nessa zona, a verdade está plasmada nas ruas das cidades israelitas: reservistas que acabaram de cumprir o seu dever no sul do Líbano contestam uma guerra vã que não cumpriu os seus objectivos.
Além disso, em termos de relações públicas, as consequências foram devastadoras para Israel: não só Olmert conseguiu que o seu exército perdesse a aura mítica de todo poderoso que tão arduamente tinha conquistado, como, ainda por cima, os bombardeamentos de infra-estruturas não militares no sul do Líbano e em Beirute e a quantidade de baixas civis entre os libaneses só serviram para afastar mais apoiantes da causa judaica.
Depois desta guerra quase inútil - quase, porque o enfranquecimento de Israel poderá fazê-los correr para a mesa de negociações, empurrados pelos Estados Unidos (que também não saíram muito bem na fotografia) -, Olmert não conseguiu a legitimidade que procurava e continuará ainda envolvido pela sombra de Ariel Sharon que também teima em não morrer polititicamente na sua cama do hospital. A única boa notícia para o primeiro-ministro israelita é que o líder dos trabalhistas, e seu principal rival, exerce como ministro da Defesa e também ficou desfocado na fotografia. E, infelizmente, mais de mil mortos depois, Israel tem uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

18 agosto 2006

Atenção: comporte-se!

Se chegar a um aeroporto nos Estados Unidos e vir uma pessoa a olhá-lo fixamente, saiba que uma de três coisas pode ter acontecido: alguém se apaixonou por si à primeira vista; tem um resto de molho da salada na camisa; ou, o mais provável, atraiu as atenções de um agente de detecção de comportamentos. Por agora, actuam apenas nos mais importantes aeroportos dos Estados Unidos, tiveram uma formação especial inspirada no curso dado pelos israelitas e têm como tarefa específica identificar pessoas com padrões de comportamento suspeito. Se estiver nos Estados Unidos comporte-se ou a brigada dos costumes poderá levá-lo para interrogatório.

17 agosto 2006

Fracassos

Um interessante artigo de opinião do poeta argentino Juan Gelman sobre o conflito israelo-libanês publicado na edição de hoje do diário "Página/12" de Buenos Aires.

«Fracasos
Por Juan Gelman

No le ha ido muy bien a Israel en la guerra a la que un frágil cese del fuego ha puesto fin por ahora. En el plano militar, no pudo acabar con Hezbolá, como era su objetivo. En junio de 1967 derrotó a los ejércitos de Egipto, Jordania, Irak y Siria juntos en apenas seis días. Con un arsenal militar considerablemente aumentado, no pudo aniquilar a la guerrilla libanesa en un mes. Para el columnista Gideon Levy, del diario israelí Ha’aretz, ese fracaso es una buena noticia: “Si Israel hubiera ganado cómodamente las batallas, (y obtenido) una victoria completa del tipo que tanto deseaban los israelíes, se hubiera causado un enorme daño a sus políticas de seguridad” (13/8/06). Explica: “Drogados de poder, borrachos de victoria, hubiéramos sido tentados a llevar nuestro éxito a otras arenas. Un incendio peligroso hubiese amenazado a toda la región y nadie sabe cuál habría sido el resultado”. La referencia a Irán y Siria es nítida.
En el plano diplomático, Tel Aviv tuvo que aceptar la resolución 1701 del Consejo de Seguridad de la ONU por la que, ante todo, paró sus bombardeos. Si cumple la resolución, debería retirarse del territorio que alcanzó a ocupar en Líbano, canjear sus prisioneros libaneses por los soldados israelíes que capturó Hezbolá y aceptar la futura devolución del enclave israelí en las granjas de Sheeba. A la vez, no está claro si Hezbolá habrá de desarmarse: “El gobierno libanés –dice el párrafo 4 de la resolución– extiende su autoridad sobre todo el territorio del país mediante sus fuerzas armadas legítimas, de manera que no habrá otros armamentos y otras autoridades que los del Estado libanés...”. La redacción es ambigua si se toma en cuenta que el ala política de Hezbolá ocupa dos ministerios en el gobierno de Beirut.
La resolución de la ONU no trajo felicidad a la Casa Blanca, que durante semanas resistió la presión internacional por un cese del fuego: especialistas en Medio Oriente consideraron que entraña “un considerable retroceso” de las aspiraciones del gobierno Bush, que había incluido al conflicto entre Israel y Líbano en su “guerra antiterrorista” (The Baltimore Sun, 15/8/06). El notable y muy bien informado periodista norteamericano Seymour M. Hersh recoge en un artículo las confidencias de una fuente de los servicios de inteligencia yanquis: “Le dijimos a Israel ‘estaremos detrás de ustedes todo el tiempo. Pero pensamos que deben (actuar en Líbano) más temprano que tarde, cuanto más esperen, menos tiempo tendremos para evaluar (la acción militar israelí) y planificar con vistas a Irán antes de que Bush deje su cargo’” (www.newyorker, 14/8/06). El informante añadió que el vicepresidente Dick Cheney, ante la inminencia del ataque que Israel acordó con EE.UU., opinaba que el Pentágono podía “aprender cómo proceder en Irán observando lo que los israelíes hacen en Líbano”. Con razón Gideon Levy señala que el fracaso israelí “podría enseñar a los estadounidenses la importante lección de que no hay que empujar a Israel a aventuras militares”.
La guerra contra Hezbolá tampoco rindió frutos a Tel Aviv en el plano político, empezando por su gobierno mismo: en los primeros diez días de agosto, en plena batalla, la popularidad entre sus conciudadanos del primer ministro, Ehud Olmert, bajó del 75 al 48 por ciento, y la del ministro de Defensa, Amir Peretz, del 65 al 37 por ciento, según la encuesta publicada por el diario Ha’aretz (Reuters, 11/8/06). Del otro lado pasó exactamente lo contrario: “Los feroces bombardeos de Israel han concitado el apoyo a Hezbolá de muchos más libaneses, con independencia de su pertenencia política o religiosa, manifestó el general Antoine Lahad, ex jefe de una milicia ya desaparecida que ayudó a las tropas de Israel a vigilar la zona (de Líbano) que ocupaba antes de su retirada hace seis años. El principal periódico de Beirut, An-Nahar, siempre crítico de Hezbolá –especialmente cuando atacaba con cohetes a Israel antes de que la guerra comenzara–, instó a todos los libaneses a sostener al grupo de Nasralá para lograr la victoria contra el Estado judío” (Seattle Post-Intelligencer, 13/8/06). El bombardeo israelí de barrios cristianos de Beirut contribuyó a que la adhesión a Hezbolá pasara del 50 por ciento antes de la guerra a más del 85 por ciento después (Newsweek, 14/8/06).
La teoría del “castigo colectivo” que Tel Aviv inflige a los palestinos y que aplicó en Líbano, es decir, atacar a civiles para que culpen de sus desdichas a Hamas y/o Hezbolá y los odien, ha tenido el efecto exactamente contrario. Hasta la Liga Arabe –integrada por Jordania, Egipto, Arabia Saudita y otros, cuyos gobiernos verían con muy buenos ojos el aniquilamiento de los dos grupos político-militares– dio un apoyo decisivo a Beirut en las negociaciones del Consejo de Seguridad. Aunque Olmert proclamó que Israel seguirá “persiguiendo a los líderes de Hezbolá en todas partes y todo el tiempo” (Ha’aretz, 15/8/06) –¿se referirá a las ejecuciones extrajudiciales que los palestinos conocen bien?–, su ministro de Defensa, Amir Peretz, ferviente partidario de la guerra, dice ahora: “Debemos mantener un diálogo con Líbano y deberíamos crear las condiciones para dialogar también con Siria” (Ha’aretz, 15/8/06). Es lo sensato. La región tiene una historia de tolerancia y convivencia pacífica entre sus minorías que ha durado siglos. ¿Por qué no restaurarla?»

16 agosto 2006

A notícia em primeiro lugar

Uma notícia hoje da Agência Lusa:

«Repórteres de televisão indianos à procura de um furo jornalístico ajudaram um homem que protestava por causa de salários em atraso a imolar-se pelo fogo frente às câmaras, dando-lhe fósforos e gasolina, noticiou hoje a imprensa indiana.
Segundo a polícia, tudo ocorreu terça-feira, aniversário da independência da Índia, quando Manoj Mishra protestava frente à leitaria onde trabalha, no distrito de Gaya, Estado de Bihar (leste da Índia), exigindo 200.000 rupias (3.382 euros) de salários em atraso.
Os jornalistas de televisão terão, então, encorajado Mishra a imolar-se pelo fogo, fornecendo-lhe os fósforos e a gasolina, antes de filmarem tudo, explicou o chefe da polícia local, Amit Jain, citado pelo diário "The Indian Express".
"Os jornalistas sabiam da intenção do homem e permitiram-lhe que cumprisse o seu plano de suicídio e filmaram a cena", referiu Amit Jain.
"Os jornalistas não fizeram qualquer tentativa para salvar o homem e só quando os empregados da leitaria viram as chamas e o fumo a elevar-se do corpo do homem é que as operações de socorro começaram", acrescentou.
Mas Manoj Mishra, com 90 por cento do corpo queimado, acabaria por não resistir aos ferimentos e faleceu pouco depois de chegar ao hospital.
"Quando os serviços de socorro acorreram para o salvar, já era demasiado tarde", adiantou à AFP um agente da polícia.
A polícia abriu um processo judicial contra os jornalistas cuja identificação não foi ainda determinada, divulgou o referido diário indiano."»

04 agosto 2006

Pela boca morre o mineiro

Um mineiro boliviano suicidou-se com uma barra de dinamite na boca porque pensava que tinha morto a mulher num ataque de ciúmes. O corpo de Silverio Villegas Minero foi encontrado numa mina abandonada em San Francisco, na região de Potos, no sul do país. O mineiro tentara estrangular a mulher com as tranças desta num ataque de ciúmes e, como ela desmaiou, julgou que a tinha assassinado. Movido pelos remorsos colocou a barra de dinamite na boca e ateou a mecha... Potosí foi no tempo da colonização espanhola o maior centro de extracção de prata do mundo...

02 agosto 2006

Estranho

Quem for ao site do diário oficial cubano Granma para procurar informações sobre Raúl Castro, o irmão de Fidel que assumiu o poder provisoriamente, dá de caras com este resultado estranhíssimo. Ou o buscador cubano pifou por execsso de uso, ou as autoridades cubanas querem analisar bem aquilo que se pode encontrar para evitar conclusões desajustadas ou o Granma não dava nenhuma atenção ao seu ministro da Defesa nos últimos 47 anos!

Fidel & Raúl